sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Perspectivas para a Geração Fotovoltaica no Brasil

Brasil tem grandes possibilidades de desenvolver a indústria de energia fotovoltaica e de ampliar a participação desta fonte na matriz elétrica brasileira

Nivalde de Castro, Kurt E. Paes e Gulherme Dantas, do Gesel/UFRJ, Artigos e Entrevistas
19/01/2012
Os investimentos em fontes renováveis de energia elétrica vêm sendo incentivados pelo duplo e convergente movimento de redução das emissões de gases de efeito estufa e promoção da segurança do suprimento energético. Neste contexto, vem ocorrendo um aumento da capacidade instalada mundial de geração fotovoltaica, que passou de aproximadamente 5 GW em 2005 para cerca de 39 GW ao fim de 2010. Deste total, somente em 2010, foram instalados 17,4 GW. Para 2011 as estimativas indicam que devem ser adicionados mais 24 GW, com a América do Norte e Ásia detendo quase 85% deste acréscimo.
texto completo em:

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Parceria com a Light transforma Maracanã em estádio solar

Energia gerada por placas é equivalente ao consumo de 240 residências. Governo do RJ poderá optar por vender energia ao mercado ou usá-la em imóveis estaduais

O Governo do Estado do Rio de Janeiro firmou parceria com a Light para instalação de placas para captação de energia solar no Maracanã. O convênio Maracanã Solar vai viabilizar a implantação de um anel fotovoltaico sobre a estrutura metálica que sustentará a nova cobertura de lona tensionada, gerando energia limpa equivalente ao consumo de 240 residências e evitando a emissão de 2.560 toneladas de CO2 na atmosfera.
O projeto, já aprovado pelo Insituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, foi desenvolvido pela mesma empresa que está projetando a nova cobertura, a alemã SBP (Schlaich Bergermann und Partner) e não terá custo para o Governo do Estado. A implantação do anel fotovoltaico não influenciará no cronograma da obra e não vai interferir na visão externa ou em qualquer aspecto técnico da estrutura.
De acordo com Regis Fichtner, secretário de Estado da Casa Civil do Rio, a Light vai assumir o investimento para implantação e manutenção das placas. Após a sua amortização que será feita por meio da venda da energia gerada, a usina será transferida para o Estado, que poderá optar por continuar vendendo esta energia ao mercado ou utilizá-la em imóveis estaduais. A parceria com a Light contempla ainda R$ 10 milhões para que o Estado invista em ações de eficiência energética como troca de lâmpadas e climatização em outros bens públicos.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Energia solar já atingiu nível de competitividade econômica

Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/12/2011
Chique

"Já é hora de parar de ver a energia solar como a boutique das fontes de energia."

Na verdade, ela nem mais deveria ser vista como uma fonte alternativa de energia, mas como "uma opção técnica e economicamente viável".

O recado contundente é do pesquisador Joshua Pearce, da Universidade Queens, no Canadá.

Pearce e seus colegas fizeram o levantamento mais criterioso já realizado até agora dos custos da energia solar.

E encontraram números que são muito diferentes dos que vêm sendo adotados na larga maioria dos estudos da área, na maioria das vezes sem critério e sem nenhum questionamento.

Custo da energia solar

"Historicamente, quando comparam a economia da energia solar e das fontes convencionais de energia, as pessoas têm sido muito conservadoras," diz o pesquisador, citando como "pessoas" os estudiosos que publicaram artigos científicos sobre o assunto.

O grupo de Pearce revisou todos esses estudos, publicados ao longo das últimas décadas, e descobriu que os números usados nas comparações de custos estão errados por uma larga margem.

Para descobrir o custo real da energia fotovoltaica é necessário considerar, além do custo dos painéis solares, os custos de instalação e de manutenção, o custo financeiro do investimento, a vida útil dos painéis e a potência efetiva que eles produzem ao longo do ano.

Coeficientes corretos

O primeiro erro encontrado foi na durabilidade dos painéis solares. "Com base nos últimos estudos de longo prazo, nós devemos fazer nossa análise econômica considerando um ciclo de vida de 30 anos, no mínimo," afirmou Pearce.

Além disso, a maioria das análises reproduz um dado que afirma que a produtividade dos painéis solares fotovoltaicos cai a uma taxa de 1% ao ano, quando o dado real, com base nos painéis disponíveis hoje no comércio, fica entre 0,1 e 0,2%.

Finalmente, as análises têm largas variações quanto ao custo por watt de eletricidade gerada, que é citado entre US$2 e US$10.

"O custo verdadeiro em 2011, para painéis solares disponíveis no mercado mundial, é de US$1," afirma Pearce, mesmo que os custos dos próprios painéis e da mão-de-obra para instalação variem largamente ao redor do mundo.

Competitiva

O estudo crítico refaz então os cálculos e conclui que a energia solar já está alcançou competitividade em várias partes do mundo.

Segundo os pesquisadores, os painéis solares já podem gerar uma eletricidade que é tão barata - em alguns lugares, mais barata - do que a energia que os consumidores compram hoje das concessionárias.

Isto sem atribuir um valor financeiro para os outros benefícios da energia solar, como a redução da poluição e a queda na emissão de carbono.

Bibliografia:

A Review of Solar Photovoltaic Levelized Cost of Electricity
K. Branker, M. J.M. Pathak, J. M. Pearce
Renewable & Sustainable Energy Reviews
Vol.: 15, 4470-4482 (2011)
DOI: 10.1016/j.rser.2011.07.104